segunda-feira, 22 de abril de 2024

Comemorações do 25 de Abril na Biblioteca





 

Le Poisson d'Avril






“La célèbre fête du poisson d'avril est aujourd'hui célébrée dans le monde entier. Son origine remonte au 16ème siècle en France. A l'époque, elle était connue sous le nom de "poisson d'avril" et était principalement célébrée le premier jour du mois d'avril. Historiquement, cette fête était réputée pour ses blagues, plaisanteries et ses farces.

L'origine la plus connue du poisson d'avril est la décision de Charles IX (roi de France). Avec l'Édit de Roussillon, le 9 août 1564, Charles IX instaure le 1er janvier comme premier jour officiel de l'année.

Selon la légende certains ont fait preuve de résistance en offrant des cadeaux et présents de nouvel an le 1 er avril, tandis que d'autres continuaient par habitude à offrir des étrennes jusqu'en avril.

Peu à peu, ces cadeaux de fausses étrennes se seraient transformés en canulars, en blagues, puis en poissons d'avril accrochés dans le dos des distraits. Cette origine n'a pas été prouvée d'autant plus que le 1er avril est fêté dans de nombreux autres pays.”

Newton gostava de ler!


No âmbito da atividade “Newton gostava de ler!- Criação de dunas”, dinamizada nas aulas de

Ciências Naturais, os alunos das turmas D, E, F, H e I do 7.º ano foram convidados a elaborar

uma história inspirada na obra “Diógenes”, tendo nascido pequenos contos com muita

criatividade.

O tema comum foi “Coleções”, à semelhança do que foi abordado em “Diógenes”. A partir

deste tema, a imaginação podia voar sem limites.


A colecionadora de bonsais.

Eu sempre gostei muito de colecionar Bonsais. Sempre foi um grande desafio

mantê-los vivos, porque os bonsais são árvores vindas do Japão, que se não

tratadas com o máximo de cuidado infelizmente morrem.

Olá! O meu nome é Kira. Desde criança que gosto muito de bonsais, sempre

muito bonitos, arranjadinhos e com as folhas mais verdes e reluzentes. Eu

sempre me perguntava como uma árvore podia ficar em uma espécie de pratinho

e não crescer quase nada.

Quando tinha apenas 9 anos, a minha avó deu-me de presente de aniversário um

lindo bonsai e, desde então, comecei a pesquisar e estudar sobre eles. Apercebi-

me que a criação de bonsais é uma arte magnífica e eles têm estilos próprios.

Infelizmente o meu primeiro bonsai não durou muito, mas a minha mãe apoiou-

me e disse-me que para a próxima o meu bonsai ia ser o mais belo e duraria

muitos e muitos anos. No ano seguinte, depois de muito insistir, a minha avó deu-

me um novo bonsai. E desta vez sim, consegui fazer ele durar anos e anos. A

partir daí, em todos os meus aniversários pedia bonsais à minha avó e cada

bonsai meu assume sua própria forma e estilo.

Este ano já vou fazer 17 anos e continuo a colecionar bonsais. Agora, nos meus

aniversários, a minha avó nem me pergunta o que vou querer. Ela já sabe que

vou querer um lindo e majestoso bonsai.

Claudia Hernandez

7ºD


Equipas de Leitura/ Dramatização



 

Equipas de Leitura/ Dramatização

 

A Batalha de São Mamede

 

 

A Batalha de São Mamede foi muito importante para o nosso país que hoje é Portugal. Por isso nós fomos ao auditório da nossa escola observar uma peça com o título: ”A Verdadeira História da Batalha de S. Mamede”.

A dramatização a que fomos assistir realçou a importância desta batalha, pois se D. Afonso Henriques não quisesse ter comido uma tigela de sopa, hoje não haveria sequer o nome Portugal. Foi graças a uma teimosia que há o país Portugal.

Adorei esta peça não só por ser um teatro, mas, ao mesmo tempo, por ser uma espécie de aula cómica. Com umas personagens incríveis, esta peça foi construída e arduamente feita por este grupo de teatro escolar.

A minha personagem favorita foi o bobo, pois ele estava sempre a “comentar” a história e a reclamar com isto e aquilo e, no início, ele apareceu a fazer rodas para lá e para cá. Também gostei porque ele, no final, fez muitas piadas e foi ele que acabou por comer a sopa.

A minha fala favorita foi a do pregoeiro quando ele disse:

“- Limpai os ouvidos para ouvir melhor. Quer um papel para tirar a cera?”

 Eu gostei muito dessa fala, porque ele até ofereceu um papel a alguém para essa pessoa limpar os ouvidos.

No final, a prof. Maria do Carmo disse que havia peças no forno.

             

  

Maria João | 5.º A

Equipas de Leitura/ Dramatização

 

O Teatro da verdadeira Batalha de S. Mamede

 

         No dia 22 de março de 2024, na aula de Português, às 9:00h, as turmas do 5.ºA e do 5.ºB foram para o auditório da escola, para assistir a uma peça de teatro.

         O teatro que as respetivas turmas assistiram era relacionado com a batalha de S. Mamede. Este espetáculo falava de D. Afonso Henriques que não queria comer a sopa; então, desobedeceu à sua mãe. E foi assim que a batalha de S. Mamede aconteceu.

         Na minha opinião este teatro, realizado pelas turmas dos 6.ºA e 6.ºC foi muito bem pensado. Até porque foi muito engraçado e muito bem feito. Gostei muito da roupa das personagens e da decoração do palco.

         Quando a peça de teatro terminou, a professora de Português das turmas do 6.º ano anunciou que uma nova obra estava no forno.

         Estou muito ansiosa que o próximo teatro seja apresentado!



TRADIÇÕES E COSTUMES DOS NOSSOS AVÓS: Festividades religiosas e pagãs


A PÁSCOA

Entrevista

 

Entrevistador: João Coelho; 10 anos; Fiães-Santa Maria da Feira

Entrevistado: Alcides Castro (avô materno); 68 anos; Argoncilhe

 

 Aluno: Avô, o que se comia na Páscoa, quando tinhas a minha idade? 

Avô Alcides: Naquela época comiam-se amêndoas que eu recebia, pão-de-ló feito pela minha mãe, (a tua bisavó), e a regueifa doce, que a minha irmã recebia do folar dela. Eu recebia, de folar, a regueifa azeda.

 Aluno: Que atividades fazias na Páscoa?

Avô Alcides: Na Páscoa, nós rezávamos muito e recebíamos o compasso, no Domingo de Páscoa. A minha mãe limpava muito a casa e eu ajudava-a nessas tarefas. Acrescento ainda que, nesses dias, na minha mocidade, adorava ver filmes a preto e branco da vida de Jesus Cristo.

 Aluno: Até que que idade recebeste o folar?

Avô Alcides: Recebi-o sempre até aos meus 22 anos de idade. Essa também foi a idade com que me casei.

Aluno: Gostas desta época, avô?

Avô Alcides: Eu gosto muito desta época! É uma época de mais luz; é o fim do Inverno; vêm-se muitos pássaros e as pessoas no geral, andam melhor humoradas. E tu, costumas dar umas amêndoas muito boas aos avós. (risos)

Ah, também adoro o cheirinho a incenso.

Aluno: Onde vais passar a tua Páscoa?

Avô Alcides: Isso tu já sabes! É contigo e com a nossa família toda, em Vila Cova do Alva, em Arganil. Acontece todos os anos assim. Vamos todos para o Convento de Santo António, faz-se aquele bolo de frutos vermelhos, com muitas camadas. Comemos o cabrito, que fica horas a assar no forno. Há chanfana da região e a tigelada.

Eu adoro é estar com os meus netos todos e ficar com as vossas amêndoas! São uns dias muito bem passados! Aproveitámos também para participar nas atividades da aldeia, como passear pela mata, colher flores para as mesas das refeições e arranjar lenha para as lareiras».

Entrevistador: Muito obrigado, avô, pela tua colaboração na realização desta entrevista, onde aprendi mais sobre as tradições e costumes de antigamente.

Equipas de Leitura/ Dramatização


 

quinta-feira, 21 de março de 2024

quarta-feira, 20 de março de 2024

terça-feira, 19 de março de 2024

Semana da Leitura (5)

 


Palestra para os alunos do 7ºB pela Dr.ª Paula Magalhães Silva (Vício das Letras) sobre o tema "A gestão de uma livraria". Com muitas perguntas...

Semana da Leitura (4)


 NOVIDADES

segunda-feira, 18 de março de 2024

Semana da Leitura (3)

Com o início da Semana da Leitura, a equipa da Biblioteca Escolar lançou a iniciativa, ao nível da Escola, de colagem dos códigos de barras de leitores nos cartões de estudante dos alunos. Contamos com a colaboração dos Professores de Oficina de turma (2º ciclo) e de Português (3º ciclo).

 

Semana da Leitura (2)

 NOVIDADES



Semana da Leitura (1)

Tradições e costumes dos nossos avós
Festividades religiosas e pagãs
Páscoa



Entrevista

Entrevistador: Gabriel Gomes Mendes; 10 anos; São Miguel de Souto
Entrevistado: Arlindo Manuel Gomes Leite; 59 anos; São Miguel de Souto

Entrevistador: Avô, podia contar-me por favor, como festejava/comemorava a
Páscoa na sua juventude?

Entrevistado: Recordo-me que a minha mãe Rosa pedia a mim e aos meus três
irmãos: Albano, António e Manuel, para limparmos a casa toda, pois íamos abrir
a porta ao senhor padre. No domingo de Páscoa, a minha mãe colocava verdes
à porta da entrada, para identificar a casa onde o padre poderia entrar. Os meus
pais, António e Rosa, vestiam-me a mim e aos meus irmãos com a roupa menos
remendada. Na mesa da sala, os meus pais colocavam um prato com uma
laranja e vinte escudos, que hoje em dia equivale a dez cêntimos. Quem podia,
colocava no prato também umas amêndoas e o senhor padre guardava num
saco, que depois dava às crianças mais pobres. Lembro-me de andar atrás do
senhor padre com os meus irmãos, para ele nos dar amêndoas. Antigamente,
para o almoço, a minha mãe fazia sempre arroz de frango e de sobremesa, a
deliciosa aletria. À tarde, vinham os meus padrinhos, Arlindo e Fernanda, a casa
dos meus pais, para me entregar o folar. Na maioria das vezes, recebia roupa e
ficava muito feliz. Os meus pais não tinham dinheiro, pois éramos muitos filhos e
a vida muito dura e difícil.

Oh, meu neto, tenho boas recordações desses tempos!
Entrevistador: Muito obrigado avô, pela sua colaboração na realização desta
entrevista, onde aprendi mais sobre as tradições e costumes antigos.

terça-feira, 5 de março de 2024

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

“Newton gostava de ler- criar dunas”

 


No âmbito do Plano Anual de Atividades da Biblioteca Escolar, foi desenvolvida a atividade “Newton gostava de ler- criar dunas”, nas turmas D, E, F, H e I do sétimo ano.

Após a exploração do capítulo “Dunas”, da obra “Diógenes”, de Pablo Albo, os alunos realizaram uma atividade experimental com o objetivo de verificarem as condições de formação das dunas e perceber a razão das mesmas não serem estruturas fixas.

Por se tratar de uma abordagem diferente aos conteúdos programáticos de Ciências Naturais, os alunos reagiram de um modo bastante positivo. Consideraram a atividade interessante e participaram com entusiasmo na sua dinamização.

Dado o interesse demonstrado, foram explorados outros capítulos da obra e os alunos foram incentivados à leitura autónoma do livro. Como complemento, foi sugerido (sem caráter obrigatório) que os mesmos criassem uma história inspirada na obra, tendo-se verificado uma adesão à proposta de 20% dos alunos. Após revisão das histórias, estas serão publicadas no blogue da biblioteca Escolar, ficando disponíveis a toda a comunidade educativa.

Tendo em conta a reação dos alunos à atividade, que combina Ciência e Literatura, esta estratégia revela-se não só pertinente, mas certamente uma mais-valia como forma de os envolver e motivar para a Ciência e leitura e, consequentemente, desenvolver o espírito criativo.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

TRADIÇÕES E COSTUMES DOS NOSSOS AVÓS Festividades religiosas e pagãs: Caal

 

TRADIÇÕES E COSTUMES DOS NOSSOS AVÓS

Festividades religiosas e pagãs

Entrevista

Entrevistador: Miguel Fontes, 10 anos, Santa Maria da Feira

Entrevistado: Maria Alice Fontes, 73 anos, Sanguedo; Sª Mª Feira

Entrevistador: Avó, podia contar-me por favor, como comemorava o Carnaval na sua juventude?

Entrevistada: Olá Miguel! Sim, vou falar-te um pouco do meu Carnaval, mas digo-te já que não era uma festa à qual desse muita importância. Na minha freguesia nãos se realizava nenhum cortejo. O que eu fazia com alguns amigos, era vestir algumas roupas velhas, pois não havia dinheiro para comprar fantasias. As mulheres vestiam roupas de homens e os homens vestiam-se de mulheres. Assim vestidos, na aldeia, fazíamos uma enorme fogueira com um mastro no meio, onde colocávamos um espantalho a queimar, a que chamávamos “queimar o velho”. Como o Carnaval é no inverno, ficávamos a dançar à volta da fogueira, até ela se apagar. Era mesmo muito divertido!

Era também tradição comer o cozido à portuguesa, com todas as carnes e legumes, isto porque no dia seguinte começava a Quaresma (época importante para os católicos), quarta-feira de cinzas, e fazíamos jejum.  

     Boas recordações, meu querido neto! 

Entrevistador: Muito obrigado, avó, pela sua colaboração na realização desta entrevista, onde aprendi mais sobre as tradições e costumes antigos.

Tradições e costumes dos nossos avós Festividades religiosas e pagãs: Carnaval

 

Tradições e costumes dos nossos avós

Festividades religiosas e pagãs




Carnaval

Entrevista

 

Entrevistador: Gabriel Gomes Mendes; 10 anos; São Miguel de Souto

 Entrevistada: Rosa Maria Ferreira Pinho Leite; 58 anos; Mosteirô

Entrevistador: Avó, podia contar-me por favor, como festejava/comemorava o Carnaval, na sua juventude?

Entrevistada: Antigamente, no Carnaval, utilizávamos um saco de linhagem para fazer a nossa roupa. Eu cortava de cada lado o saco e em baixo, para poder mascarar-me. Para tapar a cara, fazia uma máscara com cartão e pintava com carvão, pois nessa época não tinha marcadores. Depois de mascarados, eu e os meus irmãos juntávamo-nos com alguns vizinhos e andávamos pela rua a desfilar, todos contentes e muito alegres. Os meus irmãos levavam um pau e imaginavam que era uma espada. Só os filhos dos mais ricos tinham serpentinas e máscaras de plástico. Recordo-me que, por volta dos meus catorze anos, vesti-me de índia, com um saco de linhagem e com um pedaço de pano velho que a minha avó tinha em casa; fiz uma fita e coloquei penas de galinha para parecer uma índia. Eu estava tão gira! Nesse ano, participei juntamente com outros grupos no carnaval de Mosteirô. Lembro-me da minha mãe Ilda ficar muito desiludida, quando me viu no grupo das índias a desfilar, porque gostava mais do grupo de carnaval em que estavam mascarados de reis e rainhas. Mas, nesse ano foi o nosso grupo dos índios que ganhou. Não tínhamos muitas possibilidades para comprar roupas, mas com imaginação, conseguimos fazer algo de bonito.

 Entrevistador: Muito obrigado avó, pela sua colaboração na realização desta entrevista, onde aprendi mais sobre as tradições e costumes antigos.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Fase de Escola do I ConCil

 ALUNOS APURADOS PARA A FASE MUNICIPAL ESCRITA 




Apurados do 1º ciclo

Mariana dos Santos Reis, Escola Básica de Mosteirô, 4ºMo4A

Gustavo Marques Gonçalves, Escola Básica de Valrico, 4ºVA4A

 

Apurados do 2º ciclo

Martim Borges Pinho, nº18, 6ºF

Sofia Isabel de Araújo Borges, nº24, 5ºA

 

Apurados do 3º ciclo

Maria Clara de Oliveira Ferreira, n.º11, 8.º A

Matilde Ferreira da Silva, 9.ºB

Concurso Giotto És Tu 2023

Parabéns aos Vencedores Giotto És Tu 2023


A FILA IBERIA propôs um fantástico concurso de criatividade vinculado à figura do artista GIOTTO.

O objetivo deste concurso consistiu em trabalhar de uma forma criativa com os alunos, reunindo todos os marcadores GIOTTO que já não pintem proporcionando-lhes numa segunda vida. Desta forma, os alunos puderam trabalhar os valores da reutilização para ajudar a redução de resíduos.

A Turma do 5ºA (orientada pela Professora Mónica Amado) venceu o 2º lugar da CATEGORIA C, 2º CICLO.



O trabalho da turma em exposição na Biblioteca.

Parabéns aos participantes!



 

A Festa das Fogaceiras

As fogaceiras na Escola Fernando Pessoa (15/01/2024)


E na Cidade (20/01/2024)




 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Concurso: Conta-me o 25 de Abril


Regulamento disponível para consulta na Biblioteca

 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

TRADIÇÕES E COSTUMES DOS NOSSOS AVÓS Festividades religiosas e pagãs

 

TRADIÇÕES E COSTUMES DOS NOSSOS AVÓS

Festividades religiosas e pagãs

Natal

Entrevista

Entrevistadora: Leonor Vaz; 10 anos; Arada (5ºD)

Entrevistada: Avó Mimosa; 65 anos; Esmoriz

 

Entrevistadora: Avó, podia contar-me por favor, como comemorava o Natal na sua juventude?

Entrevistada: Na véspera de Natal (dia 24 de dezembro), juntávamos toda a família (pais, avós, irmãos, sobrinhos ) à volta da mesa e comíamos a tradicional comida: o bacalhau, a caldeirada e sobremesas como o bolo rei, as filhoses, as rabanadas de leite e de vinho, as nozes, as castanhas, as avelãs e bebíamos vinho do Porto, aquecido com canela e aguardente. Essa noite era muito divertida: cantávamos fados, dançávamos, fazíamos jogos e convivíamos todos, junto à lareira acesa. À meia noite, abríamos as prendas e, todos contentes, íamos dormir. No dia 25, dia de natal, comíamos  farrapo velho e carnes. Depois, passávamos o resto do dia, todos juntos a comer, a beber, a dançar e a conversar, enquanto as crianças brincavam no pátio. E era assim que passávamos a quadra natalícia.

Tenho tantas saudades desses tempos!

Entrevistadora: Muito obrigada, avó, pela sua colaboração na realização desta entrevista, onde aprendi mais sobre as tradições e costumes antigos.

TRADIÇÕES E COSTUMES DOS NOSSOS AVÓS Festividades religiosas e pagãs

 

TRADIÇÕES E COSTUMES DOS NOSSOS AVÓS

Festividades religiosas e pagãs

Natal

                             
Entrevista

Entrevistador: Miguel Fontes; 10 anos; Santa Maria da Feira (5ºI)

Entrevistada: Maria Alice Fontes, 73 anos, Sanguedo

 

Entrevistador: Avó, podia contar-me por favor, como comemorava o Natal na sua juventude?

Entrevistada: Querido neto, o Natal na minha juventude começava no dia 24 de dezembro, à meia-noite, com toda a família a participar na Missa do Galo, na igreja da terra. No meu tempo o Sr. Padre dava o Menino Jesus a beijar, sim, porque para nós católicos é esse o significado do Natal: o nascimento de Jesus. Eu fazia o presépio e não a árvore de Natal. Quem trazia os presentes (uma peça de roupa ou um chocolatinho) era o Menino Jesus, que os deixava sempre num sapatinho, que colocávamos junto ao presépio ou na chaminé. Não sei se sabes, mas em algumas freguesias do concelho de Santa Maria da Feira, a consoada faz-se na noite do dia 25 de dezembro e não no dia 24, e muitas famílias ainda hoje mantêm essa tradição. Isto, porque muitas pessoas trabalhavam fora da terra e só depois, no dia 25, à noite, podiam fazer a ceia. Nesta, não podia faltar o bacalhau cozido com batatas e couve portuguesa (penca), ao qual aqui chamamos “caldeirada”. Como sobremesa, tínhamos rabanadas, aletria, leite-creme…  Não tínhamos muitos presentes, mas éramos muito gratos por ter saúde e a família toda reunida, a rir, a cantar e a brincar, madrugada fora.

No dia seguinte, voltávamos a estar juntos ao almoço, para comer o “farrapo velho”, que era o resto da caldeirada, aquecida.

Tenho muitas, muitas saudades desses tempos!

Entrevistador: Muito obrigado, avó, pela tua colaboração na realização desta entrevista, onde aprendi mais sobre as tradições e costumes do Natal da tua infância e da tua região.

Entrevistada: Obrigada, meu neto, por me fazeres recordar o Natal da minha infância.

"Fêtons le français!" - La fête des rois (4 a 10 janeiro)











quinta-feira, 4 de janeiro de 2024