quinta-feira, 21 de novembro de 2024

"Construímos muitos muros e não pontes suficientes"

No dia 16 de novembro, comemora-se internacionalmente o Dia da Tolerância. A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), procura destacar o combate à intolerância, seja ela religiosa, etária, racial, económica, cultural, sexual ou social.

Esta data foi ideal para uma discussão de assuntos como a guerra, a imigração e também para alertar para a cooperação, a aceitação das diferenças e o respeito entre os indivíduos integrantes da vida escolar. Assim, com a preciosa colaboração das Equipas de Leitura, a atividade “Vou levar-te comigo», foi a algumas turmas divulgar a obra «O muro» de Giancarlo Macrì, Carolina Zanotti ; il. Sacco, Vallarino ; adapt. Cristiana Neves que, de uma maneira leve e simbólica, aborda estes temas.

Os alunos gostaram e ficaram, com certeza, sensibilizados com as mensagens positivas transmitidas por este livro, fundamentais para a criação de um mundo mais tolerante. Parafraseando Joseph Forth Newton «Construimos muitos muros e não pontes suficientes». Vamos mudar!

Equipas de Leitura | Profª Maria do Carmo Tavares e Profª Ana Paula David

No passado dia oito de novembro, realizou-se na Escola EB Fernando Pessoa a entrega dos diplomas de mérito académico 2023-2024. Três dos elementos do Clube de Teatro da Biblioteca Escolar, Ana, Matilde e Alice, associaram-se ao momento e fizeram a apresentação relativa aos alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico.  Foi uma oportunidade para praticar algumas técnicas que têm aprendido nas sessões semanais do Clube, nomeadamente desenvolvimento  da expressão e a comunicação linguística,  a dicção e projeção de voz; a sociabilização e o trabalho de equipa. Representaram o grupo de forma exemplar.

Clube de Teatro | Profª Ana Luísa Oliveira

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Leituras dialogadas e questionadas

O dia Mundial das Bibliotecas Escolares reforça a importância da leitura nos hábitos dos nossos alunos. 

Desta vez, o mote A Ligar Comunidades levou-nos para o campo da interculturalidade, da tolerância e do “abraço”.

Devemos “abraçar” comunidades e também os livros, daí a nossa escolha da obra: ”A Mala” de Chris Naylor-Ballesteros, para estas sessões de leituras dialogadas e questionadas. Um livro que aborda a empatia, a diferença, a aceitação com uma mensagem tão simples e ternurenta!

As Equipas de Leitura dinamizadas pelas professoras Maria do Carmo e Ana Paula analisaram a obra, dramatizaram-na e apresentaram o seu trabalho a várias turmas dos 5ºs e 6ºs anos.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

EXPOSIÇÃO | Dia Mundial da Alimentação

A comemorar o Dia Mundial da Alimentação, os alunos do 6º ano foram desafiados a realizar trabalhos no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. A partir do tema “Alimentação Saudável”, os alunos ilustraram as suas propostas de refeições saudáveis.


A exposição, patente na Biblioteca Escolar entre os dias 14 de outubro e 08 de novembro, tem como principal objetivo sensibilizar toda a comunidade escolar para as boas práticas alimentares, no sentido de uma vida saudável. Ao mesmo tempo, constitui uma forma de divulgar e valorizar o empenho e a criatividade dos alunos.


terça-feira, 1 de outubro de 2024


Outubro é o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE), uma celebração anual das bibliotecas escolares em todo o mundo, uma oportunidade para darem a conhecer o trabalho que desenvolvem e mostrarem que não são apenas um serviço, mas um recurso educativo importante nas escolas. É uma iniciativa promovida pela IASL (International Association of School Librarianship).

O tema do MIBE 2024 é Bibliotecas Escolares: a ligar comunidades!


 

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Equipas de Leitura/ Dramatização

 Dramatização de "A Guerra do Tabuleiro de Xadrez" de Manuel António Pina

Os parabéns aos atores do 6º A e C e à Professora Encenadora, Profª Maria do Carmo

Entrega de Prémios

 No dia do Agrupamento, 14 de junho, foram entregues os prémios a alunos  pelas atividades desenvolvidas ao longo do ano.





Destaca-se a colaboração da Associação de Pais e Encarregados de Educação que disponibilizou os 3 prémios atribuídos à atividade de Educação Visual sobre "As comemorações do 25 de Abril":

Concurso de Pontes de Esparguete

 Decorreu no dia 14 de junho o Concurso de Pontes de Esparguete com os trabalhos apresentados pelos alunos do 6ºH

Temos Engenheiros em vista!!!

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Texto dramático, elaborado pelos alunos de Clube de Leitura, Escrita e Dramatização, baseado na obra: "A Fada Oriana", de Sophia de Mello Breyner Andresen .

 

CLUBE DE LEITURA, ESCRITA E DRAMATIZAÇÃO

A Fada Oriana

I ATO

Narrador: Certo dia, andava Oriana a passear pela floresta, quando surgiu a Rainha das Fadas.

Rainha das Fadas: Oriana, como és uma boa menina, vou-te transformar numa fada. Toma estas asas e esta varinha de condão.

Oriana: Muito obrigada, Rainha das Fadas. O que tenho de fazer?

Rainha das Fadas: Tens que tomar conta da floresta e de todos os que aqui vivem.

Oriana: Quais são as minhas tarefas?

Rainha das Fadas: Tens que ajudar a velha, limpar a casa do lenhador, tomar conta dos filhos do moleiro, proteger os animais e regar as plantas.

Oriana: Está bem! Prometo cuidar de tudo e de todos.

Narrador: A partir, desse dia, Oriana espalhou toda a sua bondade por onde passava.

 

II ATO

 

Narrador: Certa tarde, Oriana viu um peixinho a morrer asfixiado e colocou-o dentro do riacho.

Peixe: Obrigado, Oriana! Salvaste-me a vida.

Oriana: O que te aconteceu, peixinho?

Peixe: Dei um salto atrás de uma mosca e caí no meio das ervas.

Narrador: Nesse momento, Oriana olhou para a água e viu o reflexo da sua imagem.

Oriana: Oh, como sou tão bela! Nunca me tinha visto!

Peixe: Sim, sim... és mesmo bonita, mas ainda podes ser mais charmosa!

Oriana: Mas como? O que tenho de fazer?

Peixe: Precisas de pentear os teus cabelos, decorá-los com flores e colocares um magnífico colar de pérolas.

 

III ATO

 

Narrador: A certa altura, surge a Rainha das Fadas.

Rainha das Fadas: Oriana! O que tens andado a fazer?

Peixe: Ela tem estado sempre comigo, a contemplar a sua beleza e a ouvir os meus elogios.

Oriana: Perdão, Rainha das Fadas! Estou tão arrependida!

Rainha das Fadas: Faltaste à tua promessa e abandonaste a floresta. Vais ficar sem asas e sem a varinha de condão.

Oriana: Não, não, por favor! Não quero deixar de ser uma fada.

Rainha das Fadas: Só voltarás a ser uma fada, quando reparares todo o mal que provocaste.

Narrador: E foi assim, que a Rainha das fadas castigou o narcisismo de Oriana.

 

Newton gostava de Ler!

 


             O colecionador de raquetes

  Era uma vez um menino chamado Lucas, um jovem desde pequeno fascinado pelo ténis.

  Vivia numa pequena aldeia, mas seu gosto por aquele desporto era enorme.

  Por viver numa aldeia pequena, não tinha campos de ténis para jogar nem outras pessoas interessadas com quem pudesse jogar. Então, jogava sozinho contra uma parede.

 Para ter a sua primeira raquete, os pais tiveram de ir a uma grande cidade, longe da sua aldeia, para a comprar.

  A certa altura já tinha colecionado cinco raquetes, todas em seu quarto penduradas na parede. Cada uma com a sua história.

  O grande sonho de Lucas era conseguir jogar no maior torneio de ténis do mundo, em Wimbledon.

  Ele assistia a todos os jogos, absorvendo cada movimento, cada estratégia e sonhando um dia estar lá.

  O tempo passou, Lucas e a sua coleção de raquetes cresceram, tendo doze raquetes penduradas em seu quarto, já para não falar das que partiu!

  Após anos de muito esforço, finalmente o momento que tanto ansiava chegou. Lucas qualificou-se para o torneio de Wimbledon. Com um misto de nervosismo e excitação, ele jogou com todo o coração e habilidade que tinha acumulado ao longo dos anos. Contra todas as expectativas, ele venceu e garantiu um lugar no torneio principal.

  Naquele dia, Lucas realizou o sonho de uma vida. Pisou o prestigiado relvado de Wimbledon, segurando a sua raquete favorita da coleção.  Apesar de enfrentar adversários talentosos, jogou com toda a garra.

   Lucas pode não ter ganho o torneio, mas terminou o torneio com um sonho realizado.

  Esforçou- se muito para conseguir aquele momento!

  E com uma história que pode associar à sua raquete…”joguei o maior torneio do Mundo com esta raquete”.

Sofia Resende, 7ºF

Newton gostava de Ler!

 


O rapaz das moedas

   Hoje venho falar-vos sobre o Augusto,ele é um rapaz que gosta de colecionar diferentes moedas de vários países.

    Existe mais de uma centena de moedas mas o Augusto infelizmente não contém todas as moedas na sua coleção ele apenas tem o dólar americano;o euro;o dólar australiano;franco suiço;dólar canadense e o peso argentino.

     O Augusto pretende obter muitas mais moedas na sua coleção pois estas que ele tem acha que são poucas.

     Num certo dia o Augusto levou estas moedas para a escola pois queria compartilhar com a sua turma a sua coleção de moedas.

    Ele aproveitou e no intervalo chamou todos os colegas da sua turma para a sua mesa e mostrou-lhes as suas moedas, todos gostaram muito  da sua coleção,mas no meio de tantos colegas de sua turma houve uma menina que amou a sua coleção e ela queria muito perguntar ao Augusto onde ele arranjava estes diferentes tipos de moedas,sem ter que viajar para  os diferentes países,pois ela também queria adquirir umas para a sua coleção.Mas ela ficou com muita vergonha de perguntar ao colega.

     Depois das aulas ele retorna a casa e guarda as suas moedas dentro da sua caixa para elas ficrem bem seguras. 

 

 

Shahriyor_ Murodov

7ºE


Newton gostava de Ler!


O rapaz que colecionava folhas 

O Gabriel é um rapaz que adora colecionar folhas de árvores. Ele apanha uma folha sempre que está feliz, triste ou numa viagem especial. Cada folha tem cores e formatos diferentes, como se fossem pedacinhos de suas memórias.

Ele guarda as folhas em álbuns organizados. Cada folha conta uma história, pode ser um momento alegre, triste ou uma aventura. Quando olha para as suas folhas, Gabriel lembra-se dos dias especiais que viveu.

O rapaz das folhas é quase como um pintor, mas em vez de usar pincéis, ele escolhe folhas de árvores. Cada folha é como uma tela que guarda um pedacinho de sua vida. Sempre que algo acontece, lá vai ele apanhar uma folha para sua coleção mágica.

Os álbuns do Gabriel são como aqueles antigos de fotos, mas em vez de rostos, tem folhas incríveis. Cada uma delas é como um conto diferente, uma memória que ele pode tocar. As folhas têm cores malucas e formatos engraçados, como se fossem desenhos secretos da natureza.

Quando Gabriel olha para suas folhas, é como se estivesse a folhear um livro cheio de momentos especiais. Pode ser uma folha verde brilhante de um dia feliz no parque, ou talvez uma folha meio amassada de um dia tristonho.

A melhor parte é que Gabriel não é só um colecionador de folhas, mas também um contador de histórias da natureza. Ele compartilha as suas aventuras e sentimentos através das folhas, como se estivesse a sussurrar para a natureza.

Uma coleção de centenas de folhas guardadas em álbuns não é algo muito comum. Porém, como todas têm uma história, a história por trás da sua coleção faz-nos perceber que, apesar de incomum, é das coleções mais bonitas e especiais. Por carregar tantos sorrisos, lágrimas e descobertas, tornou-se ainda mais rara e, certamente, única. 

Rodrigo Pais, Nº24, 7ºE


Newton Gostava de Ler!

 


EM BUSCA DAS CARTAS RARAS 

Rogério era um jogador de futebol profissional e um grande colecionador de cartas de futebol. Ele queria muito completar a sua coleção, mas ainda lhe faltavam cem cartas.

Sem nunca desistir, ele entrou em vários grupos de colecionadores do seu país e conseguiu comprar vinte e cinco das que lhe faltavam, por vinte e cinco euros.

Na sua procura, perguntou a todos os seus contactos nas redes sociais se tinham cartas dessa coleção. Mas ninguém tinha esse tipo de cartas.

Rogério ficou triste, muito triste. Começou a jogar mal e a cometer muitos erros, pois estava obcecado em conseguir terminar a sua coleção.

Aos vinte e seis anos, decidiu retirar-se do futebol e dedicar-se a completar a sua tão sonhada coleção. A única fonte de rendimento era o seu humilde emprego, no qual trabalhava desde as 9h30 até às 16h e, assim que podia, ia a vários quiosques e lugares onde os colecionadores trocavam as suas cartas repetidas. Certo dia, um homem que se dirigia a um os quiosques frequentados pelo Rogério, avistou o antigo jogador, que se mostrava cabisbaixo a entrar no seu carro, tendo-o reconhecido imediatamente. Dirigiu-se a ele e perguntou-lhe porque estava tão triste. Então, Rogério explicou tudo o que fez para tentar completar a sua coleção, mas como já estava a perder a esperança de a concluir, pensava desistir da sua busca.

Foi nessa altura que o homem tirou do seu bolso uma pequena caixa onde guardava as suas mais raras cartas de coleção e disse ao jogador:

- Dou-te isto sem te pedir nada em troca, pois és um dos meus ídolos e adoro o trabalho que fizeste pelo meu clube do coração. Espero que consigas terminar a tua coleção.

Excitado, o jogador abriu a caixa e viu que tinha setenta das cartas que lhe faltavam. Ficou muito feliz, agradeceu e foi em busca das suas últimas cinco cartas.

Correu o país à procura de alguém que pudesse ajudá-lo, até que, certo dia, um  antigo colega de equipa enviou-lhe uma mensagem que dizia: “Fiquei a saber que andas muito ansioso para acabar a tua coleção e decidi ver o que podia fazer para te ajudar. Fui ao porão de minha casa e encontrei duas saquetas de cartas. Não sei se vão ajudar a terminares a tua coleção, mas é o máximo que te posso dar. Espero que tenhas sorte!”

O velho amigo do jogador enviou-lhe a encomenda por correio e, mal chegou, rapidamente a abriu.

Rogério não queria acreditar no que estava a ver. Dentro das saquetas tinha encontrado as cinco cartas que lhe faltavam. Teve uma explosão de alegria e sentiu que tinha completado um dos seus objetivos de vida.

Após conseguir terminar a sua demanda, o jogador deu mais uma alegria aos seus fãs. Anunciou o seu regresso ao futebol. Todos ficaram felizes, principalmente o jogador, que jogava incrivelmente bem e sem distrações, pois tinha concluído a sua missão.

Felizmente Rogério teve uma carreira de muito sucesso, levando o seu clube a inúmeros títulos e deixando todos maravilhados com as suas habilidades desportivas.

 Pedro Costa, 7ºF


“Newton gostava de ler!- Criação de dunas”

 


No âmbito da atividade “Newton gostava de ler!- Criação de dunas”, dinamizada nas aulas de Ciências Naturais, os alunos das turmas D, E, F, H e I do 7.º ano foram convidados a elaborar uma história inspirada na obra “Diógenes”, tendo nascido pequenos contos  com muita criatividade.

O tema comum foi “Coleções”, à semelhança do que foi abordado em “Diógenes”. A partir deste tema, a imaginação podia voar sem limites.


Tom "O Colecionador"

 

Hoje vou falar-vos um pouco do Tom, que faz coleções de coisas muito estranhas.

Ele faz coleção de sacos, de relógios muito (mas mesmo muito) antigos, de fios de cabelo de celebridades e muito mais...

Esta ideia de colecionar surgiu em 2008, quando Tom tinha 8 anos. Ele estava a ver televisão quando passou um programa sobre colecionadores. E aí surgiu a ideia de colecionar coisas estranhas.

Ele coleciona sacos, pois a mãe traz sempre do trabalho muitos sacos e ele decidiu colecionar. Além disso, achou que era algo único.

Também coleciona relógios muito antigos, porque o seu pai é relojoeiro e possui muitos relógios antigos. Desta forma, Tom ficou a conhecer a evolução dos relógios ao longo do tempo.

A coleção de fios de cabelo de celebridades começou porque a sua irmã mais velha é cabeleireira e trabalha no melhor salão de cabeleireiro de Paris, que é frequentado por muitas celebridades. Deste modo, o Tom consegue ter uma recordação de cada uma dessas celebridades.

Até hoje Tom continua a colecionar as coisas mais estranhas. Estranhas para nós, porque para o Tom significa que é diferente das outras pessoas e isso faz com que se sinta bem e especial.

Maria Varanda, 7ºF


                                  Amaya e o poder dos cristais

 

 

Era fim de inverno e os raios de sol entravam pela janela iluminando cada canto onde incidiam. Amaya, ainda enrolada nos seus lençóis, ressonava baixinho, os passarinhos cantavam lindas melodias, a neve começava a derreter permitindo ver o verde dos campos de girassóis, as andorinhas cruzavam o céu e uma leve brisa salpicava a manhã.

Amaya, uma simples menina de 12 anos, tinha pele clara, cabelo castanho escuro muito macio e sedoso, olhos verdes da cor esmeralda e lábios delicados e rosados.

Ela vivia numa pequena casa amarela no meio de um campo cheio de flores de vários tipos e adorava brincar no jardim da sua casa onde havia um pequeno lago com patos e peixes coloridos, um banco onde passava tardes a ler e uma horta repleta de plantas muito bem cuidadas.

Vivia com a sua mãe e a sua irmã mais velha, Alicia, o seu pai faleceu quando Amaya tinha apenas 2 anos. Ela não sabia muito sobre ele, pois a sua mãe não gostava muito de falar no assunto, o que Amaya não entendia muito bem o porquê, pedindo em todos os aniversários que algum dia tivesse resposta a essa questão. Embora tivessem uma vida simples, ambas amavam-se profundamente e foram sempre muito felizes agradecendo à deusa mãe Natureza pelo que tinham.

 Amaya adorava colecionar, principalmente cristais e tinha o sonho de um dia poder ajudar o mundo com os seus poderes. Ela achava que cada um deles tinha um significado e o poder de concretizar desejos, então, conservava-os e guardava-os em caixinhas. Ela já tinha muitos cristais, mas continuava sempre em busca de algo especial e incomum.

Nessa manhã, Amaya sentiu um cheirinho tão bom que saiu logo da cama, abriu a janela e respirou o ar puro da manhã. Não sabia bem porquê, mas sentia que o dia ia ser especial. Vestiu o seu vestido de renda preferido e colocou um laço no cabelo, desceu as escadas a correr e percebeu logo a origem do tão famoso cheiro. A sua mãe estava a fazer panquecas, o doce preferido da Amaya.

Comeu e foi lá para fora, para o jardim, pois estava ansiosa para ver como estavam as suas plantinhas. Regou, cuidou e falou com elas como fazia todas as manhãs, de repente sentiu uma brisa inquietante como se algo a chamasse vindo da floresta perto de sua casa e como era curiosa, resolveu ir ver o que era. Na floresta, ela costumava passear e apanhar cogumelos com a sua irmã, mas ela ainda não se tinha levantado, então, decidiu que iria sozinha Bem, sozinha não, pois estava sempre bem acompanhada pelo seu passarinho a quem dera o nome de Molly.

A floresta ficava a alguns metros de sua casa e por isso chegou lá em pouco tempo. Mal entrou pela floresta dentro reparou que algo estava diferente, era como se uma fada qualquer tivesse deixado cair uns pozinhos mágicos por cima das árvores, dando-lhes um brilho misterioso. Amaya olhou ao seu redor mas não viu nada que correspondesse aos pozinhos que cobriam as árvores. Quando estava quase para ir embora, Molly voou do seu ombro até um pequeno arbusto uns passos à frente, parecia que Molly estava a querer dizer alguma coisa e Amaya aproximou-se para ver o que tinha despertado a curiosidade do seu amiguinho. Reparou que algo cintilava no meio do arbusto, o que lhe deu uma sensação de grande entusiasmo, estendeu a mão e sentiu algo frio e escorregadio até que, para seu grande espanto, viu que era nada mais, nada menos que o cristal mais lindo e mais brilhante que alguma vez tinha visto.Ccomo adorava colecionar ficou muito feliz, pois pensou que este precioso tesouro iria completar a sua coleção da melhor forma.

Resolveu levar para casa embrulhado num lenço de pano que tinha. Amaya estava feliz pela sua nova descoberta, mas o pensamento de como tinha aquela magia misteriosa  acontecido não lhe saía da cabeça.

Chegou a casa e foi para o seu quarto, porque queria tentar descobrir mais sobre este tesouro tão misterioso. Abriu o seu livro sobre cristais e começou a procurar algum que fosse parecido e passado algum tempo Amaya já sabia que o cristal era muito incomum e difícil de encontrar, mas nada sobre o seu nome e poder. Este livro era do seu pai e Amaya tinha-o recebido de prenda de anos quando completou os seus 10 anos. Não sabia muito acerca dele, tinha várias perguntas sem resposta, o que a deixava muito curiosa.

No dia seguinte, estava Amaya a ler o seu livro sobre cristais quando reparou em algo que nunca tinha visto. Na última página do livro estaval escritas algumas palavras em outra língua. Como era muito inteligente, conseguiu descobrir o que significavam e que lhe pareceu  ser o endereço de um lugar. Eis o que dizia: na floresta vira à esquerda na primeira árvore, avança sempre em frente e encontrarás uma gruta. Lá verás algo que te fará feliz. Amaya ficou desconfiada, mas como nunca negou uma boa aventura resolveu ir. Pegou no seu casaco e na companhia de Molly lá foi à descoberta. Quando chegou à floresta seguiu as indicações do livro e viu-se diante de uma linda gruta com flores e plantas que enfeitavam as suas paredes. Parecia quase magia! Entrou sem hesitar e deparou-se com uma grande porta de pedra com uma espécie de fechadura no meio. Ela tentou abrir mas sem resultado precisava da chave para abrir, mas qual? Até que se apercebeu que a forma da fechadura não parecia ser de uma chave normal, parecia que tinha a forma de um… cristal! Então, sem perder mais tempo, Amaya coloca o cristal que tinha encontrado na floresta na fechadura e para seu espanto a porta abre-se completamente. Diante dos seus olhos via apenas a maior coleção de cristais de todas a cores e feitios, até cristais que nem ela sabia que existiam. No meio de todos os cristais estava uma carta que tinha escrito o seu nome, o que deixou Amaya muito admirada e começou a lê-la. Para sua admiração, era do seu pai e dizia o seguinte- Olá minha querida filha! Se estás a ler esta carta, significa que encontraste os meus cristais. Tenho pena de não poder estar aí contigo, mas espero que lutei que lutei muito. Mas foi melhor assim! Sei que adoras colecionar cristais e, por isso, ofereço-te a minha coleção de pedras preciosas. Desde que tinha a tua idade, sempre fui colecionando vários cristais, pois sabia que um dia alguém muito especial cuidaria bem deles. Não são simples cristais! Estes têm algo que sei que mereces, têm poder, magia que só tu podes usar, mas sempre para o bem. Ajuda as pessoa, os animais, protege a natureza e tenta fazer sempre tudo o que estiver ao teu alcance para ajudar, pois assim deixarás o teu pai orgulhoso. E sempre que precisares dos meus conselhos, olha para o céu e encontra a estrela mais brilhante. Ela irá guiar-te sempre pelo melhor caminho, segue sempre o teu coração e sei que farás do mundo um lugar melhor. Um abraço bem apertado do teu querido pai.

Quando Amaya terminou de ler a carta, as lágrimas já lhe escorriam pelos olhos. Ela não queria acreditar! Finalmente tinha percebido como era o seu pai e estava tão feliz, olhou para o céu e no reflexo da água do rio da floresta, conseguiu vislumbrar um rosto que lhe era muito familiar. Era como se o seu pai estivesse a seu lado. Passaram alguns anos e Amaya era agora conhecida como a fada da Natureza e o seu pai orgulhoso sorria desde as estrelas, pois Amaya era especial.

Nunca desistas dos teus sonhos. Acredita que algum dia o que desejavas pode acontecer.

 

Kyara Ramalho, 7ºF