No dia 25 de novembro, a Professora Olívia e a Educadora Romi (da Escola Básica de Romariz) deslocaram-se à nossa Escola para nos contarem um conto e nos deixarem o testemunho da estafeta que iremos levar à Escola Básica de Canedo.


Biblioteca Escolar | Escola Básica Fernando Pessoa | Santa Maria da Feira


👫 Os Dois Amigos
«Os dois amigos» João Pedro Messéder
Versão adaptada e diferente da história
Era uma vez dois amigos inseparáveis: o Tomás e o Rui. Cresceram juntos numa
vila tranquila do interior, onde os dias eram lentos e as amizades duravam uma vida
inteira. Desde pequenos, partilhavam tudo: brinquedos, segredos, sonhos e até silêncios.
Com o tempo, a vida levou-os por caminhos diferentes. O Tomás tornou-se
enfermeiro e foi trabalhar para Lisboa. O Rui ficou na vila, a tomar conta da quinta da
família. Apesar da distância, mantinham o contacto através de mensagens, chamadas, e
uma promessa: “Se algum dia precisares de mim, basta dizer.”
Um dia, o Rui recebeu uma notícia devastadora: o seu pai adoecera gravemente.
Sentia-se perdido, sem saber como lidar com a dor. Lembrou-se da promessa e enviou
uma simples mensagem ao Tomás: “Preciso de ti.”
Na manhã seguinte, o Tomás estava à porta da quinta, de mochila às costas e
sorriso no rosto. Não perguntou nada. Apenas abraçou o amigo.
Durante semanas, ajudou o Rui com os cuidados ao pai, com os afazeres da quinta,
e com o peso no coração. Não houve discursos nem grandes gestos. Apenas presença,
silêncio e partilha.
Quando o pai do Rui faleceu, os dois amigos sentaram-se sob a velha oliveira do
quintal. O Rui olhou para o Tomás e disse: “Não sei como te agradecer.”
O Tomás respondeu: “A amizade não se agradece. Vive-se.”
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🎵 Versão em Poema Rimado
Dois Amigos e Um Abraço
Tomás e Rui, amigos do peito,
Um era enfermeiro, o outro lavrador perfeito.
Viviam distantes, mas sempre ligados,
Com promessas firmes e corações entrelaçados.
Um dia o Rui, com o pai adoentado,
Mandou uma mensagem, aflito e cansado.
“Preciso de ti, não sei o que fazer...”
E o Tomás respondeu: “Já estou a correr!”
Chegou com um sorriso, sem fazer alarme,
Com sopa, abraços e um coração que arde.
Cuidaram do pai, da quinta e do cão,
E juntos venceram a preocupação.
No fim, o Rui disse: “Não sei como agradecer...”
E o Tomás sorriu: “Só tens de me ter.
A amizade é isto, sem complicação:
Estar presente, de alma e coração.”
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"O Rapaz ao Fundo da Sala" de Onjali Q.Raúf
Um Novo Começo em Londres
O avião pousou em Londres numa manhã fria e cinzenta. Amir, um menino
de 11 anos, olhava pela janela tentando imaginar como seria sua nova vida.
Ele tinha deixado a sua cidade e muitos amigos para trás, fugindo da
guerra. Ao lado da mãe, carregava apenas uma pequena mala, cheia de
lembranças e esperança.
Nos primeiros dias, tudo parecia enorme e confuso: as ruas, o autocarro de
dois andares, as pessoas apressadas falando um inglês rápido demais. Amir
sentia falta do cheiro do pão que o seu avô fazia e do som das gargalhadas
dos primos.
Quando chegou o primeiro dia de aulas, ele ficou nervoso. A escola era
barulhenta, cheia de cartazes coloridos e crianças a correr pelos corredores.
“E se ninguém gostar de mim?”, pensou.
A professora, Ms. Taylor, apresentou-o à turma:
—Turma, este é o Amir. Ele veio de muito longe e vai estudar com vocês a
partir de hoje.
Um silêncio curioso tomou conta da sala — até que uma menina de tranças
levantou a mão e disse:
— Oi, Amir! Queres sentar –te aqui comigo?
O nome dela era Emma, e ao lado dela estava James, que adorava futebol.
Aos poucos, Amir começou a sentir-se mais à vontade. Eles ajudaram-no
com o inglês, mostraram o caminho até a biblioteca e até o convidaram
para jogar bola no recreio.
Nos primeiros chutes, Amir errou quase todos, mas ninguém riu.
— Vais melhorar — disse James, sorrindo.
Em poucos dias, Amir percebeu que aqueles colegas não o viam como um
“refugiado”, mas como um amigo. Eles queriam conhecer as suas histórias,
aprender palavras do seu idioma e provar os doces que a sua mãe fazia.
Um dia, durante a aula de artes, Amir desenhou a sua antiga casa e, ao lado,
o céu cinzento de Londres com um arco-íris unindo os dois lugares. A
professora olhou e disse:
— Que lindo, Amir. Acho que encontraste um novo lar.
E ele sorriu, porque pela primeira vez desde que tinha chegado também
sentia isso.
Pesquisa feita por Pedro Oliveira 6ºF
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Versão da IA sobre o conto – O príncipe Nabo- de llse Losa
A Princesa Cebola
Era uma vez, num reino distante, uma princesa
chamada Cebola. Tinha esse nome porque, desde
pequena, fazia todos chorar — não de emoção, mas de
tanto que resmungava e se queixava de tudo.
A princesa Cebola era muito bonita: tinha olhos verdes
como esmeraldas e cabelos dourados como o trigo
maduro. Mas a sua beleza escondia um defeito terrível
— era vaidosa, mimada e convencida. Achava que todos deviam servir-la,
obedecer-lhe e elogiá-la sem parar.
O rei, seu pai, e a rainha, sua mãe, já não sabiam o que fazer. Tinham
contratado amas, conselheiros, professores de boas maneiras... mas nada
resultava. A princesa Cebola continuava insuportável.
Um dia, o rei, cansado das birras, anunciou:
— Minha filha, está decidido! Vais casar!
A princesa franziu o nariz.
— Casar? Com quem?
— Com o príncipe mais inteligente, bondoso e honesto que encontremos!
A princesa soltou uma gargalhada.
— Bondoso? Inteligente? Credo! Eu quero alguém bonito, forte e que me
obedeça!
O rei suspirou fundo. Mas a decisão estava tomada. Enviaram mensageiros por
todo o reino e logo começaram a chegar príncipes de todas as terras, ansiosos
por conhecer a famosa princesa.
Para escolher o marido, a princesa Cebola decidiu que todos teriam de passar
por três provas:
1. Escrever-lhe um poema.
2. Fazer-lhe uma refeição.
3. Elogiá-la da forma mais criativa possível.
Vieram príncipes de montanha e de mar, de deserto e de floresta. Todos
falharam.
Um dizia:
— “Os teus olhos são duas estrelas!”
E ela respondia:
— “Estrelas? Eu mereço só duas?”
Outro ofereceu-lhe um banquete de chocolates e frutas exóticas.
— “Que horror! Fico gorda!”
O rei já estava a perder a paciência, quando apareceu um jovem misterioso,
vestido de roupas simples. Tinha os sapatos sujos de lama e trazia um saco às
costas.
— Quem és tu? — perguntou a princesa, com nojo.
— Sou o jardineiro Nabo, alteza. Vim tentar a sorte.
A corte inteira desatou a rir.
— Um jardineiro? Casar com a princesa?
Mas o rei, curioso, deixou-o tentar.
Na primeira prova, o jardineiro Nabo escreveu um poema simples, mas bonito:
“Nem flor nem joia brilha tanto,
quanto um coração sincero.
Quem só vê o espelho, perde o encanto,
e torna-se prisioneiro.”
A princesa revirou os olhos.
— Que tédio! Isso nem rima bem!
Na segunda prova, ele cozinhou uma sopa — apenas de legumes do jardim.
A princesa provou, fez uma careta e gritou:
— Horrível! Cheira a terra!
Mas na terceira prova, Nabo aproximou-se e disse apenas:
— Princesa, és a mais bela de todas... por fora. Espero que um dia descubras
o que há por dentro.
A corte ficou em silêncio. A princesa ficou vermelha de raiva.
— Insolente! — gritou ela. — Pois se és tão esperto, casarás comigo! Como
castigo!
O rei, surpreso, concordou — e o casamento foi marcado.
Na manhã seguinte, o jardineiro apareceu... transformado!
De roupas simples passou a usar um manto real, e na cabeça brilhava uma
coroa.
— Que é isto? — perguntou a princesa, assustada.
O rei sorriu.
— Pois bem, minha filha, o “jardineiro Nabo” é, na verdade, o Príncipe das
Hortas, um jovem encantado que só voltaria à sua forma verdadeira quando
encontrasse alguém capaz de o ver com o coração — e não com os olhos.
A princesa ficou envergonhada. Corou, baixou a cabeça e pela primeira vez na
vida... pediu desculpa.
Com o tempo, aprendeu a rir de si mesma, a ouvir os outros e até a trabalhar
no jardim com o marido. E dizem que, de tanto conviver com legumes, acabou
por deixar de fazer chorar os outros — e passou a fazê-los rir.
André Gomes Mendes,
Versão da IA sobre a fábula- A pomba e a formiga de La Fontaine
A Pomba e a Formiga - 99 Noites na Floresta
Era uma vez, no coração de uma floresta densa e misteriosa, onde as árvores se erguiam como gigantes de sombras e a lua mal iluminava o chão coberto de folhas secas. Ali, a vida acontecia em silêncio, sob a vigilância constante das estrelas e do vento que sussurrava segredos antigos. Mas, naquela floresta, a história que agora se conta não começou com mistério, mas com um ato de compaixão.
Durante os 99 dias e noites de uma estação rigorosa, a pomba e a formiga encontraram-se
em situações extremas. As noites frias e os ventos cortantes desafiavam até os animais
mais preparados para a sobrevivência. A pomba, com suas asas amplas e seu voo
majestoso, tinha a liberdade de explorar a floresta de cima. Mas sua liberdade não a
impediu de ser solidária.
Numa noite particularmente gelada, quando a floresta parecia silenciar até o canto dos
grilos, a pomba ouviu um fraco chiado vindo de um canto escondido. Aproximando-se com
cautela, ela encontrou uma formiga tremendo de frio. A sua pequena casa, um ninho de
folhas no tronco de uma árvore, tinha sido destruída por um vendaval inesperado.
A formiga, que raramente se sentia vulnerável, estava agora perdida, sem um abrigo para
se aquecer durante aquela noite longa e gelada. Ao ver a pomba a aproximar -se, sentiu um
misto de medo e surpresa.
— Eu... eu não sou uma criatura do teu mundo — disse a formiga, com os seus olhos
brilhando com uma tristeza solitária. — Não tenho como sobreviver sozinha.
A pomba, com o seu coração grande, respondeu com uma suavidade rara, até para ela:
— Todos na floresta merecem um pouco de calor e ajuda. Não importa o tamanho ou o tipo.
Vou- te ajudar a encontrar um abrigo seguro para passar a noite.
A pomba usou o seu voo ágil para buscar ramos e folhas maiores, enquanto a formiga, com
sua incrível habilidade de carregar cargas muitas vezes maiores do que seu corpo,
arrastava as pequenas folhas e ramalhetes que a pomba deixava cair. Juntas, construíram
um abrigo improvisado na base de uma árvore robusta, onde o vento não poderia alcançar
a formiga.
Naquela noite, a pomba acomodou-se perto do abrigo, vigiando a formiga, e os dois
compartilharam o silêncio que só a natureza poderia oferecer. À medida que os dias e
noites passavam, a pomba fez questão de visitar a formiga, trazendo-lhe pequenas
provisões e assegurando-se de que ela não estivesse sozinha.
As 99 noites seguiram o seu curso, e a formiga, agora mais forte e resistente, começou a
construir o seu novo lar com mais confiança, sabendo que sempre poderia contar com a
pomba. E, por sua vez, a pomba, que ao princípio pensara que a solidão da floresta era a
sua única companhia, aprendeu que a verdadeira força vinha da união e da generosidade.
Na última das 99 noites, quando o inverno já estava quase a ir – se embora e as flores
começaram a brotar novamente, a pomba e a formiga encontraram-se sob a luz suave de
uma lua cheia. A formiga, com um sorriso, disse:
— No início, pensei que não havia lugar para mim neste vasto e frio mundo. Mas tu
mostraste-me que, mesmo nos momentos mais difíceis, a solidariedade pode aquecer até o
coração mais solitário.
A pomba, com um olhar suave, respondeu:
— A floresta é grande e cheia de desafios, mas é na amizade que encontramos o nosso
verdadeiro abrigo.
E assim, as duas amigas seguiram as suas vidas, mais fortes do que nunca, sabendo que
as melhores lições da floresta não estão nas árvores altas, nem nas estrelas distantes, mas
na simples bondade que se oferece.
Matilde Marinheiro
“Ali Babá e os Quarenta Ladrões”
(Versão teatral)
🎬 Ali Babá e o Segredo da Caverna
Personagens:
Narrador(a)
Ali Babá – um lenhador bondoso e curioso
Cassim – irmão de Ali Babá, muito ganancioso
Morgiana – serva inteligente e fiel
Chefe dos Ladrões
Ladrões (3 ou mais) – podem ser interpretados por vários alunos
Moradores da aldeia (opcional)
Cena 1 – Na floresta
Narrador(a):
Há muito tempo, numa aldeia distante, vivia um lenhador pobre chamado Ali Babá. Ele
trabalhava duro todos os dias, cortando lenha para vender no mercado.
Ali Babá:
- Ah, mais um dia de trabalho... Quem sabe hoje consigo vender bastante lenha para comprar
pão fresco!
(Ali Babá finge cortar lenha. De repente, ouve barulhos.)
Ali Babá (assustado):
- Que barulho é esse? São cavalos! É melhor eu me esconder atrás desta árvore!
(Entram o Chefe dos Ladrões e os Ladrões, marchando com sacos.)
Chefe dos Ladrões:
- Parem aqui! Este é o nosso esconderijo.
(ergue a mão e grita) — Abre-te, Sésamo!
(Alguém faz o som de uma pedra abrir-se. Os ladrões entram na “caverna” e depois saem com
sacos mais pequenos.)
Chefe dos Ladrões:
- Agora, Fecha-te, Sésamo!
(Som de pedra a fechar-se. Eles saem.)
Ali Babá (espantado):
- Uau! Uma caverna mágica! Vou tentar... Abre-te, Sésamo!
(Som da pedra a abrir-se. Ali Babá entra e finge olhar ao redor.)
Ali Babá:
- Que tesouro maravilhoso! Mas só vou pegar um saquinho. O resto pertence a alguém.
(Sai da caverna e volta para casa.)
🏠 Cena 2 – A casa de Ali Babá
Narrador(a):
Ali Babá voltou feliz e contou o que aconteceu à sua esposa. Mas o seu irmão Cassim escutou e
ficou cheio de inveja.
Cassim:
Um tesouro escondido? E só pegaste um saquinho? Eu vou lá pegar tudo!
(Cassim sai a correr.)
Cena 3 – A caverna novamente
Cassim (a gritar):
- Abre-te... Abre-te... Hum... era “Milho”? “Cevada”?
(coça a cabeça)
- Ah, esqueci a palavra!
(Entram os Ladrões.)
Chefe dos Ladrões:
- Quem és tu?!
Cassim:
- Eu... eu... só vim dar uma olhadinha!
Ladrões:
- Levámo-lo, chefe!
(Cassim é levado para fora da cena.)
Cena 4 – O plano de Morgiana
Narrador(a):
Os ladrões descobriram onde Ali Babá morava e planearam vingar-se. Mas Morgiana, a serva
esperta, percebeu tudo.
Morgiana:
- Esses homens estranhos estão rondando a casa... Acho que são os ladrões! Tenho um plano.
(Ela finge esconder potes grandes, onde os ladrões se escondem.)
Morgiana (sussurrando):
- Vou fingir que são potes de óleo... mas estão cheios de ladrões!
(Ela faz um gesto de vitória.)
Chefe dos Ladrões (entra disfarçado):
- Boa noite! Vim ver Ali Babá.
Morgiana (com firmeza):
Boa noite! Mas eu sei quem tu és, chefe dos ladrões!
(Ela finge assustá-lo ou chamar ajuda; o chefe foge correndo.)
🌟 Cena 5 – Final feliz
Narrador(a):
Graças à coragem e à inteligência de Morgiana, os ladrões foram embora e nunca mais
voltaram.
Ali Babá:
- Morgiana, salvaste a nossa casa e a aldeia!
Morgiana (sorrindo):
- O segredo é usar a cabeça antes da espada.
Narrador(a):
Ali Babá decidiu usar o tesouro não para si mesmo, mas para ajudar os pobres e melhorar a
aldeia.
Todos juntos:
A verdadeira riqueza está na bondade e na sabedoria!
(Todos se curvam. Fim.)
💡 Dicas para a apresentação:
Use caixas pintadas de dourado como “tesouro”.
A “caverna” pode ser feita com um lençol escuro ou papel pardo.
Os alunos podem criar o som da “pedra a abrir-se” com tambores ou batendo nas
carteiras.
O Chefe dos Ladrões pode ter um chapéu diferente para se destacar.
Versão da IA sobre a fábula- A pomba e a formiga de La Fontaine
A Formiga e a Pomba (versão cair do avião)
Era um dia de céu limpo, perfeito para um salto de paraquedismo. A formiga, que sempre fora muito organizada e meticulosa, tinha decidido que seria o dia ideal para superar o seu medo de voar. Juntou-se a um grupo de aventureiros e, com uma mochila cheia de coragem,subiu a bordo de um avião.
Enquanto o avião subia para as altitudes que mais pareciam tocar as nuvens, a formiga sentia-se nervosa, mas também determinada a viver uma grande experiência. Quando o avião finalmente atingiu a altura necessária, todos se prepararam para saltar.
Do outro lado da cabine, uma pomba – que na verdade era uma experiente instrutora de paraquedismo – estava pronta para ajudar os iniciantes. Ela estava ali para garantir que todos saltassem com segurança e, se necessário, ajudasse em caso de emergência. A formiga, ao olhar pela janela, viu o imenso abismo abaixo e o seu estômago deu uma reviravolta. “E agora?” pensou ela, sentindo-se ainda mais pequena diante da imensidão do céu.
Foi quando, ao saltar de paraquedas, a formiga não conseguiu abrir o seu. O medo tinha-a paralisado. Ela estava a cair, sem controlo. A pomba, que já estava no ar, viu tudo de longe. Com uma rapidez impressionante, a pomba voou até a formiga e, com a habilidade de quem já havia saltado milhares de vezes, conseguiu abrir o paraquedas da formiga no último segundo. A formiga, ainda a tremer de medo, conseguiu aterrar com segurança graças à ajuda da pomba.
Depois do susto, a formiga, aliviada, agradeceu à pomba: “Não sei o que teria feito sem ti. Eu não teria conseguido sem a tua ajuda.” A pomba sorriu, com um olhar compreensivo. “Às vezes, mesmo os mais preparados precisam de uma mão amiga. Hoje, foste tu quem saltou e teve coragem. Eu só fui a ajuda no momento certo.” E assim, as duas se despediram, com a formiga mais confiante para o próximo salto, e a pomba voando de volta ao céu, feliz por ter feito a diferença.
Moral da história: Mesmo nas situações mais inesperadas e assustadoras, todos podem
precisar de uma mão amiga. A coragem de um pode salvar o outro, e juntos, enfrentam o
desconhecido.
Margarida Carragoso
A raposa e o corvo- de Esopo
A Raposa e o Corvo na Lua (versão IA)
Numa base lunar futurista, construída pela primeira missão internacional a conquistar a Lua, havia uma grande sala de comando, onde todos os astronautas e cientistas estavam monitorando os sistemas de comunicação interplanetária.
Um corvo, com um capacete espacial brilhante e câmaras de última geração, voava entre os módulos da estação. Ele estava sempre compartilhando suas "selfies lunares" nas redes sociais e publicando atualizações sobre sua vida na Lua. Seu perfil estava bombando. Ele adorava os comentários, e a suapopularidade estava nas alturas.
Porém, ele sentia que ainda não tinha alcançado o topo da fama. Ele queria, agora, umprémio maior: um patrocínio de uma grande marca de tecnologia que, de acordo com os rumores, estava oferecendo uma bela recompensa para quem conseguisse fazer o "post perfeito", algo que superasse qualquer conteúdo já postado no espaço.
Foi então que a raposa, uma influenciadora digital famosa pelo seu carisma e persuasão, entrou em cena. Ela sabia como conquistar seguidores e, mais importante, como manipular os algoritmos das redes sociais para sempre estar no topo. A raposa observou o corvo postando sua última imagem da Terra vista da Lua e, com seu olhar afiado, percebeu uma oportunidade.
— "Ei, corvo! Eu vi o teu post, está realmente incrível! Mas sabias que poderias ter ainda mais visualizações se fizesses algo diferente?" — disse a raposa com um sorriso dissimulado, aproveitando a oportunidade para puxar conversa. O corvo, completamente lisonjeado pela atenção da raposa e pela sua fama, ficou curioso. A raposa continuou:
— "Se fizesses uma transmissão ao vivo com o hashtag #ExplorandoANovaEra, eu tenho certeza que receberias uma enorme quantidade de likes! E quem sabe até fecharias aquele contrato de patrocínio que tanto desejas! Eu, claro, ficaria feliz em ajudá-lo. Já pensaste em gravar algo com um filtro lunar? Vai ser épico!"
O corvo ficou tão entusiasmado com a ideia de aumentar sua visibilidade que imediatamente concordou.
— " Tens razão, raposa! Vamos fazer isso agora mesmo!" — disse ele, empoleirando-se numa plataforma de observação lunar.
A raposa sorriu por dentro, pois sabia que seu plano estava prestes a dar certo. Ela esperou o corvo se preparar para a transmissão ao vivo. Quando ele estava focado demais na câmara, a raposa não perdeu tempo. Com uma habilidade impressionante, ela pegou no queijo que estava no bolso da sua roupa espacial (um "snack lunar" famoso, que todos os astronautas adoravam) e rapidamente o puxou para o lado, onde o corvo estava posicionado. Quando o corvo voltou para seu local de gravação, viu que o queijo estava ali, na sua frente. Em um impulso, sem pensar, ele pegou o queijo e, sem perceber, deixou a câmera gravar toda a cena. A raposa sorriu, e o corvo, agora com o queijo na boca, virou para a câmera, sem saber que o que estava realmente se destacando nas redes era ele fazendo algo ridículo e desastrado, em vez de impressionante. O resultado? As pessoas riram tanto da situação que o corvo viralizou, mas não da maneiraque ele queria. Os likes vieram, mas acompanhados de piadas e memes. O post foi um sucesso, mas não o tipo de sucesso que o corvo imaginava. O patrocinador, que estava de olho nas métricas, decidiu dar o contrato à raposa, que, astuta como sempre, soubera manipular a situação.
Moral da história: Cuidado com os elogios vazios e com quem te oferece ajuda sem quepercebas as suas intenções. Às vezes, o maior prémio pode ser o que está mais perto.
Duarte Campos Costa
“Ali Babá e os Quarenta Ladrões”
Versão adaptada e diferente da história
Há muito tempo, numa pequena aldeia cercada por montanhas e palmeiras, vivia um
lenhador pobre chamado Ali Babá. Ele trabalhava todos os dias cortando lenha para vender no
mercado. Apesar de não ter muito dinheiro, era bondoso e ajudava sempre quem precisava.
Certo dia, enquanto cortava lenha na floresta, Ali Babá ouviu cascos de cavalos a
aproximarem-se. Assustado, escondeu-se atrás de uma grande rocha. Logo apareceram
quarenta cavaleiros, todos vestidos de preto e com espadas brilhantes. Eles pararam diante de
uma enorme pedra e o chefe gritou:
— "Abre-te, Sésamo!"
Para surpresa de Ali Babá, a pedra moveu-se sozinha, revelando a entrada de uma
caverna mágica. Os homens entraram e, passado pouco tempo, saíram carregando sacos cheios
de ouro e joias. Quando o último saiu, o chefe disse:
— "Fecha-te, Sésamo!"
A pedra voltou ao seu lugar. Assim que os ladrões foram embora, Ali Babá aproximou-
se, tremendo de curiosidade. Lembrou-se das palavras mágicas e disse baixinho:
— "Abre-te, Sésamo!"
A pedra abriu-se, e os seus olhos brilharam ao ver o tesouro escondido: montes de
moedas de ouro, tapetes preciosos e pedras brilhantes! Ele pegou apenas um saquinho de
moedas, o suficiente para viver com conforto, e voltou para casa.
Mas havia um problema: o irmão de Ali Babá, Cassim, era ganancioso. Quando descobriu
o segredo, correu até à caverna e pegou tudo o que pôde. Só que ele esqueceu a palavra mágica
para sair! Quando os ladrões voltaram, encontraram Cassim lá dentro e perceberam que alguém
sabia do esconderijo.
Eles planearam pegar Ali Babá também, mas Morgiana, a esperta serva de Ali Babá,
descobriu o plano. Com muita coragem, ela usou sua inteligência para enganar os ladrões e
salvar seu patrão.
No fim, o chefe dos ladrões foi derrotado, e Ali Babá ficou com o tesouro, mas usou o
ouro para ajudar os pobres e a melhorar a aldeia.
Moral da história: A verdadeira riqueza não está no ouro, mas na bondade, na coragem e na sabedoria.