O vencedor do Prémio Nobel da Literatura 2021 é da Tanzânia e tem 73 anos. Abdulrazak Gurnah foi para o Reino Unido como refugiado no final dos anos 1960. Na Inglaterra, tornou-se professor de Inglês e Literaturas Pós-Coloniais na Universidade de Kent, onde se aposentou há pouco tempo. As suas obras contam histórias de colonialismo e fazem o retrato de uma África antiga. Escreveu dez romances publicados entre 1987 e 2020.
Para a Academia Sueca, os seus livros são um «retrato vivo de uma outra
África, um continente marcado pela escravatura e por várias formas de repressão
de muitos países que adotaram posturas colonialistas: Portugal, Índia, Alemanha
e Inglaterra».
Ao anunciar o prémio, a Academia
Sueca elogiou Gurnah por retratar os "efeitos do colonialismo" de
forma "intransigente e compassiva”.
"Os seus romances fogem de descrições estereotipadas e abrem o nosso olhar para uma África Oriental culturalmente diversificada, desconhecida para muitos noutras partes do mundo."
Os seus
livros mais famosos são Paradise (Paraíso, sem edição em português) e Desertion
(Deserção, também sem edição em português). Publicado em 1994, Paradise conta
a história de um menino que cresceu na Tanzânia no início do século 20. O livro
ganhou o Booker Prize, marcando a revelação de Gurnah como escritor.
Em Portugal, Abdulrazak Gurnah tem apenas um livro editado, de 2003: Junto
ao Mar (By the Sea), pela Difel, conta a história de Saleh
Omar, um refugiado de Zanzibar que pede asilo ao Reino Unido e que acaba por
desenvolver uma relação de amizade com o filho do seu maior inimigo.
Os prémios Nobel, concedidos desde 1901, reconhecem realizações em
literatura, ciência, paz e economia.
No ano passado, a vencedora do Nobel da Literatura foi a poetisa
americana Louise Gluck.
Fontes: https://www.bbc.com/portuguese/geral-58832508
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